quarta-feira, 14 de março de 2018

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA NA DIANA/FM HOJE


                                                                                              JOSÉ POLICARPO
                                                        EXIGIMOS SABER!
Na semana passada soubemos que, finalmente, teremos no terreno a ligação ferroviária de mercadorias entre Sines/Badajoz. Foi com grande pompa e circunstâncias que os representantes de Portugal, Espanha e a comissária Europeia do sector firmaram na cidade de Elvas esse compromisso.
É inegável a importância estratégica desta infraestrutura para ambos os países, como, também, para o mercado Europeu. Sines é um dos maiores portos de águas profundas da Península Ibérica e, por isso, as mercadorias aí chegadas terão um escoamento mais rápido e chegarão aos diferentes mercados dos países europeus a melhor preços. Haverá, consequentemente, ganhos com a construção desta ferrovia, para os consumidores e para a generalidade das empresas.
Na verdade, no que toca aos benefícios e constrangimentos que esta obra criará no concelho de Évora, a população, de facto, ainda não foi informada. Sabemos, todavia, que o atravessamento da linha poderá ser mais próximo ou mais afastado da malha urbana. Tanto quanto julgo saber ainda estão como possibilidades de trajeto os ramais de Estremoz, Mora e Reguengos. Isto é o que sabemos. Parece-me que face à importância desta obra para o país e para região é muito pouco.
Ora, o trajeto terá de ser aquele que menos condicione a população eborense. A tranquilidade, mobilidade e segurança deverão ser inquestionavelmente asseguradas pelo trajeto que vier a ser escolhido. E, esse terá que ser aquele que fique o mais afastado da cidade, disso não tenho dúvidas.
Por último, são totalmente desconhecidas as vantagens diretas desta obra para as famílias eborenses e para as empresas que aqui estão sedeadas. Não sabemos se a ferrovia criará postos de emprego diretos. Não sabemos se será construído um ramal que beneficie a zona industrial. Ora, não devemos ignorar que desde há uma década a esta parte o cluster aeronáutico é estratégico para o concelho e para a cidade de Évora. Eu pelo menos ainda não me esqueci. Portanto, todos devemos de estar atentos a esta realidade, e, reivindicarmos aquilo que melhor servirá o nosso interesse.



Sem comentários: