quarta-feira, 22 de novembro de 2017

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA DIANA/FM

                                                                            JOSÉ POLICARPO
                                      TODOS EM DEFESA DA ÁGUA!
A água que tem chegado às casas dos residentes na cidade de Évora, há uns dias a esta parte, apresenta-se com um cheiro nada normal. Não cheira nada bem. Como todos aprendemos no ensino básico, a água, quimicamente pura, não tem cor, não tem sabor e não tem cheiro. Por conseguinte, será a água fornecida aos residentes no concelho de Évora própria para o consumo humano? Fica a aqui a pergunta dirigida ao executivo camarário.
Com efeito, ontem tive conhecimento de que alguns estabelecimentos de ensino em Évora, estarão a aconselhar os seus alunos a não beberem água da rede pública. Não pretendo com esta minha observação causar alarme público. Porém, é devida uma explicação cabal sobre a qualidade da água fornecida no concelho de Évora. Deverá, portanto o município eborense, fazê-lo para que se evitem especulações infundadas sobre um assunto tão delicado. A saúde pública não pode, nem deverá ser matéria para quaisquer querelas político-partidárias.
O ano em curso em termos meteorológicos tem sido muito pouco generoso para com os rios, barragens e albufeiras portugueses. Mais de 85% do território nacional vive sob seca severa, o restante, em seca extrema. O Alentejo e o concelho de Évora, por maioria de razão, estão nestas dramáticas condições, não fora o Alqueva, e seguramente, estaríamos numa condição igual ou pior do que aquela que está a ser vivida pelo distrito de Viseu. Cerca de 500 camiões, todos os dias, estão a transportar água para a barragem de Fagilde.
Ora, face a este drama que consiste na falta de água que, presentemente, vivemos não seria pertinente e avisado por parte da Câmara Municipal de Évora conceber um programa de elucidação e sensibilização da população e das instituições, visando uma utilização da água de forma muito moderada? Não há dúvidas de que a água é um bem indispensável à vida, por isso, quanto maior for número de pessoas a ter consciência disso, mais condições existirão para se garantir a preservação deste bem fundamental. Se não for por outra razão, seguramente, esta será mais do que suficiente, para que o município seja liderante nesta matéria de fulcral importância para todos.



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