sexta-feira, 24 de outubro de 2014

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITDA HOJE PELA RÁDIO DIANA/FM

                                        O combate à evasão fiscal

Sexta, 24 Outubro 2014 07:46                
O combate à evasão fiscal tem sido uma forte aposta deste Governo. Com resultados visíveis.
Contudo, como de costume, criticaram-se as medidas implementadas pelo Governo para travar a evasão fiscal.
Criticou-se o benefício fiscal concedido aos contribuintes que fizessem registar o seu NIF nas faturas respeitantes às despesas na restauração, nos cabeleireiros e nas oficinas.
Criticou-se o sorteio semanal de automóveis para os contribuintes que fizessem registar nas suas faturas o respetivo NIF.
Em boa verdade o aumento da receita fiscal é proveniente, em grande parte, do resultado daquelas medidas.
Mas os resultados aí estão. Façamos justiça. Foram medidas que tiveram um efeito bastante positivo na redução da fraude e evasão fiscal.
O simples ato de solicitar a fatura contribui positivamente para e eficiência da máquina fiscal e para reduzir a economia ilegal (apelidada de paralela). O programa e-fatura, que permite ao contribuinte aceder de uma forma simples à sua área e, quer registar faturas, quer visualizar os seus benefícios fiscais, também melhora esta relação de confiança entre a Autoridade Tributária e o contribuinte.
Não tenho memória que a máquina fiscal alguma vez tenha apresentado resultados tão relevantes em sede de combate à fraude e evasão fiscal.
É um combate para que todos devemos contribuir se quisermos um pais social e fiscalmente mais justo.
Entendamos pois a Autoridade Tributária como uma amiga dos contribuintes. Pelo menos é dessa forma que a vejo.
Este combate também tem estado na agenda da UE, da OCDE e de outras organizações, pelo que não será um problema apenas do país, é um problema que assume uma escala global.
Contudo, em Portugal é fundamental baixar a carga fiscal. Os efeitos do elevado endividamento do país e do programa de assistência, nesta matéria, ainda são bem visíveis.
Pelo que, para atingir aquele objetivo é necessário continuar, de uma forma muito determinada, o combate à fraude e evasão fiscal, reduzindo um dos grandes problemas com que temos convivido, ou seja, a economia paralela.
Uma das condições para baixar impostos estará precisamente na redução da economia paralela, permitindo-se assim maior justiça fiscal e, permitindo ainda que todos aqueles que tem contribuído para o equilíbrio financeiro do país, através do pagamento dos seus impostos, possam ver essa tão almejada redução efetivar-se.
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais tem sido o rosto visível deste combate e das medidas que o Governo implementou nesta matéria. Deu a cara por elas, pelo que será ele, em primeiro lugar, que deverá receber os louros pelos resultados conseguidos.
Rui Mendes


Sem comentários: